quarta-feira, 7 de abril de 2010

O aterro cada vez mais longe de ficar em Palme

A Câmara Municipal de Barcelos está empenhada em resolver o problema da localização do aterro, indo ao encontro das opiniões expressas por várias entidades de que a a ocupação das crateras resultantes da exploração de caulino existentes em Fragoso é a melhor opção. Fica assim cada vez mais distante a ameaça do aterro se localizar na nossa terra, hipótese que não parecia incomodar o anterior executivo camarário. Transcreve-se de seguida o teor da notícia publicada no Barcelos Popular.

A Câmara já tem luz verde do Governo para instalar aterro sanitário em Fragoso.
A Direcção-Geral de Geologia e Energia (DGGE) já deu o seu acordo à Câmara de Barcelos para que o aterro sanitário do Vale do Minho e Baixo Cávado, localizado em Vila Fria (Viana do Castelo), e gerido pela empresa intermunicipal Resulima, se transfira em 2011 para Fragoso (Barcelos).
As juntas de freguesia daquela zona dos concelhos de Barcelos e Esposende e a Câmara de Barcelos entendiam que o local inicial apontado pela Resulima, Palme, não era o mais adequado devido aos impactes ambientais que provocava num conjunto de freguesias com elevados níveis populacionais para quem os impactes de uma estrutura como um aterro era uma questão muito complicada de gerir. Miguel Costa Gomes, o actual presidente do município, propôs ao Governo que se aproveitasse as crateras que uma empresa de extracção de caulinos que opera em Fragoso e Alvarães servissem de local para o aterro que Barcelos se comprometeu a receber nessa data. O autarca reuniu com a DGGE e obteve a concordância técnica e política.
Os autarcas asseguram que o trabalho de escavações está naturalmente feito e que a instalação do aterro resolve os problemas de recuperação paisagística das referidas crateras, que se tornam um perigo para quem por ali tem que passar e absorvem uma enorme quantidade de água necessária à agricultura da região. Por outro lado, a localizar-se aí o futuro aterro, a lixeira ficará longe dos núcleos habitacionais, o que não sucedia com a localização de Palme.
"Estou na última fase da solução do aterro. Estou na fase de negociar com a concessionária, que é a proprietária das crateras em Fragoso. É uma negociação mais difícil, porque há interesses do ponto de vista económico, particulares, com os quais tenho que lidar. Já tenho o sim da Direcção Geral de Geologia", garantiu Costa Gomes no sábado, durante a sua visita aos trabalhos do projecto Limpar Portugal
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Fonte: Barcelos Popular, 25 de Março de 2010